sábado, 8 de agosto de 2009

O MAIOR PAI DO MUNDO

De repente, senti saudades.
E me fiz de forte para não chorar,
Entrei na casa com intimidade
Ouvi tua voz a cantarolar
Coisa simples e sem vaidade
Que trazia fundo, teu jeito de amar.

Era a prosa, o verso, era a ligação,
Chamando-me dizendo que sentiu minha falta,
Venha logo, não gosto dessa solidão,
Preparo um café pra manter a calma.
Venha pra explicar essa inspiração,
Do livro de Deus que restaura a alma!

Venha com Maria, traga os meus netinhos
E venha sem pressa para retornar
Minha casa é grande e tem uns cantinhos
Para armar rede e se balançar
Tenho milho verde e também moinho
Pra fazer canjica e saborear.

Sempre sorridente e feliz da vida
Contava os “causos” com ar tão profundo,
Não se perturbava com sua dura lida
nem quando o dia era moribundo
Três anos depois de sua partida,
Continua sendo o “maior pai do mundo”

Luís de Bevenuto
“Um Feliz Dia dos Pais”.

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